A nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala conseguiu dois marcos importantes, ao chegar à liderança da Organização Mundial do Comércio (OMC): É a primeira mulher e também a primeira pessoa africana a chefiar a organização. Chega ao cargo de diretora da OMC depois da desistência da outra candidata, Yoo Myung-hee, da Coreia do Sul, apoiada apenas pela anterior administração dos Estados Unidos.
“Tem sido um longo caminho cheio de incertezas, mas agora vemos o nascer de um novo dia e pode começar o trabalho a sério. Pela primeira vez nos 73 anos da OMC (e do antecessor GATT), estão a fazer história ao escolher uma mulher e uma pessoa africana, o que é revolucionário”, disse a nova líder da OMC.
Okonjo-Iweala teve já os parabéns de vários líderes, incluindo da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também ela a primeira mulher a liderar a instituição.
Okonjo-Iweala apoia determinadas reformas no seio da OMC, nomeadamente sobre o mecanismo de resolução de conflitos, que contavam com a oposição da administração Trump. A ascensão de Joe Biden à Casa Branca acabou por desfazer o impasse e possibilitar a nomeação da nigeriana. As reformas podem agora avançar.
O brasileiro Roberto Azevêdo, até agora no lugar, decidiu terminar o mandato um ano mais cedo que o previsto, por motivos pessoais, mas frisou que não tem ambições políticas.
Esta mudança no topo da OMC surge numa das alturas mais delicadas de sempre para o comércio mundial, devido à pandemia de Covid-19. Preveem-se para este ano quebras nos volumes de comércio na ordem dos dois dígitos, nas principais regiões do globo.
Fonte: https://pt.euronews.com/