O ano de 2017 ficou marcado por uma recuperação da economia mundial, mas também pelo crescimento da dívida. Uma análise do Instituto de Finanças Internacionais (IFF), citada pela Bloomberg esta sexta-feira, 5 de Janeiro, mostra que a dívida global atingiu um valor recorde no terceiro trimestre do ano passado.
A dívida do sector privado não-financeiro atingiu máximos históricos no Canadá, França, Hong Kong, Coreia do Sul, Suíça e Turquia.
Contudo, como o crescimento económico também acelerou, o rácio que mede a dívida em relação ao PIB desceu pelo quarto trimestre consecutivo. O rácio dívida/PIB está agora em torno de 318%, 3 pontos percentuais abaixo do máximo fixado no terceiro trimestre de 2016.
“Uma combinação de factores, incluindo o crescimento global sincronizado acima do potencial, o aumento da inflação (China, Turquia) e os esforços para evitar uma acumulação desestabilizadora da dívida (China, Canadá) contribuíram para o declínio”, referiram os analistas da IIF, citados pela agência noticiosa.
Os especialistas acrescentam ainda que a dívida poderá actuar como um travão nas intenções dos bancos centrais de subir os juros, tendo em conta as dificuldades que poderão enfrentar empresas e governos altamente endividados.
Fonte: http://www.jornaldenegocios.pt/